Joana D'Arc (1412-1431) foi heroína francesa da Guerra dos Cem Anos, travada entre a França e a Inglaterra. Foi beatificada em 1920 e hoje é a Santa Padroeira da França. Joana acreditou na voz e na ordem que ouvia e lhe encorajava expulsar os ingleses da França e coroar o legítimo rei Carlos VII. Com dezesseis anos viajou para Chinon. Chegando ao castelo foi interrogada por bispos e cardeais e ganhou a confiança de Carlos VII. Recebeu o título de chefe de guerra e liderando a tropa, durante três dias, com violentas investidas expulsou os ingleses na cidade de Orléans. Na Batalha de Compiègne perto de Paris, adversários franceses de Carlos VII conseguiram prender e entregar Joana aos ingleses. Julgada e condenada foi queimada em praça pública no dia 30 de maio, acusada de herege e feiticeira, por um tribunal eclesiástico.
Joana D'Arc (1412-1431) nasceu no vilarejo de Domrémy, França, no dia 6 de janeiro de 1412. Filha de Jacques d'Arc e Isabelle Romée, teve três irmãos e uma irmã. Ajudava o pai no trabalho na terra e na criação de carneiros. Não aprendeu a ler nem escrever. Joana foi criada seguindo os princípios da fé católica e com 12 anos de idade, afirmava que o o arcanjo São Miguel, Santa Catarina e Santa Margarida, apareceram numa grande luz e a ordenaram procurar o príncipe Carlos VII e libertar a cidade de Orléans, que estava em poder dos ingleses, e coroar Carlos VII o soberano da França.
Em 1337 o rei Eduardo III (1327-1377) da Inglaterra, desembarca na França com mais de 20 mil homens. É o início da Guerra dos Cem Anos. Não se tratava de uma guerra entre dois povos constituídos em nações diferentes. Muitos ingleses eram normandos, ou seja, franceses que chegaram à Inglaterra com Guilherme o conquistador; por outro lado, muitos franceses eram bretões, ou seja, ingleses que habitavam há muito tempo o norte da França.
Em 1415, os ingleses obtiveram, através de um tratado, metade do território francês, passando ao domínio do rei Henrique V (1414-1422). A outra metade francesa ficaria sob o domínio de Carlos VI. Com a morte de Carlos VI, foi coroado o filho de Henrique V para sucede-lo, para os franceses o rei seria Carlos VII. As visões de Joana D'Arc lhe ordenava salvar a França e coroar o rei.
Com dezessete anos, Joana resolve pedir uma escolta para acompanhá-la até o príncipe. Viajou dez dias e dez noites e chegou ao Castelo na cidade de Chinon. Interrogada por bispos e cardeais acaba por convencer a todos. Joana ganha confiança de Carlos VII, que depressa entrega-lhe o título de chefe de guerra. Logo parte liderando a tropa e durante três dias, com violentas investidas consegue vencer os inimigos, que batem em retirada. Estava libertada a cidade de Orléans.
Outra cidade importante Reims, também voltou ao poder dos franceses. Carlos VII, agora reconhecido legítimo rei da França foi coroado e consagrado em 17 de julho de 1429, na Catedral de Reims. Diante disso reascenderam as esperanças dos franceses de libertar o país.
Na primavera de 1430, Joana retoma a campanha militar e tenta libertar a cidade de Compiègne, dominada pelos borgonheses, aliados dos ingleses. É presa em 23 de maio do mesmo ano e entregue aos ingleses cujo objetivo era que ela fosse julgada pela Santa Inquisição, o mais elevado tribunal da Igreja na França. O tribunal reuniu-se pela primeira vez em fevereiro de 1431, com a presença do Bispo, um partidário do Duque de Borgonha, aliado à Inglaterra. Seu julgamento foi uma verdadeira tortura, acusada de herege e feiticeira, depois de meses de julgamento é queimada viva, no dia 30 de maio de 1431.
Depois de 25 anos a Igreja reabre seu processo e Joana d'Arc é reabilitada de todas as acusações, torna-se a primeira heroína da nação francesa. No dia 16 de maio de 1920, 500 anos depois, o papa Bento XV a proclama santa. Hoje, Joana D'Arc é a Santa Padroeira da França.
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