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2 de maio de 2013

Biografia Dom Pedro I

Dom Pedro I (1798-1834) foi o primeiro Imperador do Brasil. Foi Rei de Portugal.

Dom Pedro I (1798-1834) nasceu em Lisboa, Portugal, no dia 12 de outubro de 1798. Filho de Dom João VI e de Dona Carlota Joaquina de Bourbon. Passou seus primeiros anos no Palácio de Queluz, cercado de governantas e professores. Entre seus mestres estavam Dr. José Monteiro da Rocha, ex-jesuíta, e frei Antônio de Nossa Senhora da Salete. Sabia falar latim, francês e inglês.

No dia 29 de novembro de 1807, com a ameaça da invasão de Portugal pelas tropas de Napoleão, a família real embarca para o Brasil, instalando-se no Rio de Janeiro, em março de 1808, na Quinta da Boa Vista. Pedro era um menino com apenas 9 anos, rebelde, fugia do castelo para brincar com os garotos pobres do porto. Frei Antônio de Arrábida tornou-se seu principal mestre e confessor. Tinha aulas de pintura e música, aprendeu a compor e tocar pequenas peças. Dedicava-se também à equitação. Avesso aos estudos preferia a vida ao ar livre no palácio de São Cristóvão e na fazenda Santa Cruz.

Em março de 1816, com a morte de sua avó Dona Maria I, Dom João é aclamado Rei de Portugal e Dom Pedro torna-se Príncipe Real e herdeiro direto do trono, em virtude da morte do seu irmão mais velho, Antônio. Depois de várias negociações diplomáticas, estava a caminho do Brasil a Arquiduquesa Carolina Josefa Leopoldina, filha do imperador da Áustria. Foi escolhida para esposa de Dom Pedro. Casam-se no dia 5 de novembro de 1817.

Com fama de aventureiro e boêmio, teve 13 filhos reconhecidos e mais cinco naturais: sete com a primeira esposa, Dona Leopoldina, da qual enviuvou em 1826; uma filha com a segunda esposa, a duquesa alemã Amélia Augusta; cinco com a amante brasileira Domitila de Castro, a marquesa de Santos; um com uma irmã de Domitila, Maria Benedita Bonfim, baronesa de Sorocaba; um com a uruguaia Maria del Carmen García; um com cada francesa Noémi Thierry e Clémence Saisset e um com uma monja portuguesa Ana Augusta.

Em 1820 Portugal passava por grave crise política e social. A Revolução Liberal do Porto se espalhou por todo pais. A constituição era a palavra de ordem. Estava em jogo o destino do Reino Unido. A família real retorna à Europa em 26 de abril de 1821, ficando D. Pedro como Príncipe Regente do Brasil. A corte de Lisboa despachou então um decreto exigindo que o Príncipe retornasse a Portugal e que o Brasil voltasse a condição de colônia.

O decreto vindo da corte provocou grande desagrado popular. Um abaixo-assinado com oito mil assinaturas foi levado a D. Pedro, solicitando sua permanência no Brasil. No dia 9 de janeiro de 1822, cedendo às pressões Dom Pedro declara: "Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto. Diga ao povo que fico". O dia do Fico era mais um rompimento com Portugal. A atitude de Dom Pedro desagradou a Corte Portuguesa, que suspendeu o pagamento de seus rendimentos. José Bonifácio foi escolhido para chefiar seu novo ministério.

Com a popularidade cada vez mais em alta, quando viajava de Santos para a capital paulista, recebeu uma correspondência de Portugal, comunicando que fora rebaixado da condição de regente a mero delegado das cortes de Lisboa. Descontente, ali mesmo, em 7 de setembro de 1822, junto ao riacho do Ipiranga, o herdeiro de D. João VI, resolveu romper definitivamente contra a autoridade paterna e declarou: "Independência ou morte! Estamos separados de Portugal!".

De volta ao Rio de Janeiro, Dom Pedro foi proclamado Imperador Constitucional do Brasil. A cerimônia teve lugar no Campo de Santana, hoje praça da República. No dia 1 de dezembro, recebeu a Coroa Imperial. Em 1823, a Assembléia Constituinte iniciou suas atividades. Dos noventa deputados, muitos não compareciam. A redação da Carta Magna era lenta. Insatisfeito, Dom Pedro dissolve a Constituinte, manda prender os irmãos Bonifácio e cria um Conselho de Estado para redigir a Constituição, que foi promulgada no dia 25 de março de 1824.

Em meio a dificuldades financeiras e várias e desgastantes rebeliões localizadas, instalou a Câmara e o Senado vitalício em 1826, porém um fato provocou desconforto geral e o seu declínio político no Brasil. Com a morte de D. João VI, em 1826, decidiu contrariar as restrições da constituição brasileira, que ele próprio aprovara, e assumir, como herdeiro do trono português, o poder em Lisboa como Pedro IV, 27º rei de Portugal.

Foi a Portugal e, constitucionalmente não podendo ficar com as duas coroas, instalou no trono a filha primogênita, Maria da Glória, como Maria II, de sete anos, e nomeou regente seu irmão, Dom Miguel. Porém sua indecisão entre o Brasil e Portugal contribuiu para minar a popularidade e, somando-se a isto o fracasso militar na guerra cisplatina (1825-1827).

Os constantes atritos com a assembléia, o seu relacionamento extraconjugal (1822-1829) com Domitila de Castro Canto e Melo, a quem fez Viscondessa e depois Marquesa de Santos, o constante declínio de seu prestígio e a crise provocada pela dissolução do gabinete, após quase nove anos como Imperador do Brasil, abdicou do trono em favor de seu filho Pedro (1830) então com cinco anos de idade.

Voltando a Portugal, com o título de Duque de Bragança, assumiu a liderança da luta para restituir à filha Maria da Glória o trono português, que havia sido usurpado pelo irmão, Dom Miguel, travando uma guerra civil que durou mais de dois anos. Inicialmente criou uma força expedicionária nos Açores (1832), invadiu Portugal, derrotou o irmão e restaurou o absolutismo.

Sabe-se, ainda, que o Imperador teve formação musical bastante esmerada, tendo sido aluno de mestres como o Padre José Maurício Nunes Garcia, Marcos Portugal e Sigismund Neukomm. Tocava clarineta, fagote e violoncelo. Dele se conhece uma Abertura, executada no Teatro Italiano de Paris (1832), um Credo, um Te Deum, o Hino da Carta, adotado posteriormente como Hino Nacional Português (até 1910), e o Hino da Independência do Brasil.

Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon, morreu de tuberculose, no palácio de Queluz, no dia 27 de setembro de 1834. Foi sepultado no Panteão de São Vicente de Fora, como simples general e não como rei, como determinava seu testamento. No sesquicentenário da independência do Brasil, em 1972, seus restos mortais foram trazidos para a cripta do monumento do Ipiranga, em São Paulo.

FONTE: www.e-biografias.net

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